quarta-feira, 27 de maio de 2015

O RESGATE DO CANTO CONGREGACIONAL

Levando em conta que em toda a Bíblia por mais de 400 vezes Deus ordena o canto como elemento de culto, percebe-se que estamos perdendo uma das práticas que os reformadores resgataram as duras penas, sofrimento e amor por Deus e pela Igreja de Cristo. Se lêssemos com mais atenção um pouco da história desses homens no que diz respeito ao culto daríamos mais valor ao canto congregacional.

Aliás, provavelmente você não está familiarizado com a expressão 'canto congregacional' na mesma perspectiva que os nossos pais reformadores. A referência que temos desta atividade pode ser confundida com a ideia de um palco em destaque no auditório do templo, uma banda ou conjunto bem posicionado e distribuído destacando mais a figura do cantor ou cantora principal e toda a plateia obedecendo os comandos e as palavras de ordem de seus "ministros" de louvor.

A prática do canto congregacional foi um dos elementos que resgatou a participação de todos os membros da igreja no culto, algo que até meados do século XVI isso não era possível como desconhecido para aqueles dias. O sacerdócio universal de todos os crentes agora aplicável a cada membro de forma clara, didática e autoritativa por meio da adoração pública.

Na verdade, a ênfase nesta atividade no culto solene concentra-se apenas em cantar. APENAS CANTAR UNIFORMEMENTE. Nada mais pode estar em evidência senão o que está sendo coletivamente cantado. O mais importante no momento em que cantamos é o que professamos ou oramos. Sua atenção deve estar voltada no conteúdo e não nos adornos e arranjos que os instrumentos fazem quando se canta ,e, muito menos ainda, a atenção em quem os dirige. Aqui está a essência do que os reformadores propuseram em relação ao culto solene.

Veja algo importante. Todas as atividades por Deus prescritas como elementos de culto (oração, leitura publica das Escrituras, a música, pregação da Palavra e a ministração dos sacramentos) devem ser realizadas por toda a congregação. Até mesmo a pregação da Palavra, que mesmo, não contendo música e sendo uma atividade realizada apenas pelo ministro ordenado para a pregação da Palavra, todos atentamente a respondem com a sua atenção e exercício de sua consciência diante da lei de Deus.

Portanto, cantar não pode ser uma atividade quase que exclusiva da equipe de louvor de sua igreja local. Mais ainda, o cuidado que a igreja e seus pastores devem ter em relação a todos os adornos, arranjos, detalhes, seja dos moveis, objetos, posição dos músicos, dos cantores, dos instrumentos, o devido lugar do púlpito e quais objetos e elementos não podem em hipótese alguma serem inseridos no culto solene.

Em todos os momentos da liturgia é necessário cada uma daqueles elementos de culto. É necessário ler, orar e cantar. ao invocar o nome do Senhor: leia, ore e cante! Ao confessar os seus pecados: leia ore e cante! Ao atribuir louvores e dedicação ao Senhor, quando entregar seus dízimos e ofertas, quando participarmos da ceia do Senhor: LEIA A ESCRITURA, ORE E CANTE! Sendo assim, todos devem ler, cantar e orar. O culto é um serviço coletivo, nada ou ninguém pode se colocar em destaque na adoração a Deus.

Um outro ponto importante. Todos devem cantar juntos, toda a congregação, uniformes, convocados e orientados pelo seu ministro (o pastor da igreja) e auxiliados por aqueles que possuem técnica, habilidade e competência na área da música para orientar e guiar a igreja em um canto simples, agradável, modesto, alegre ou contrito quando exigido pelo momento, reverente e que expresse com fidelidade as doutrinas das Escrituras.









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